21 junho, 2010

Depravação Total da Humanidade: teoria desnecessária

Fui apresentado ao calvinismo em 1989 aos 15 anos de idade, quando não havia sequer 1 ano do meu novo nascimento, quando renasci a partir da vida de Deus que passou a habitar em mim. Embora não tivesse lido o Novo Testamento inteiro até aquele momento, as idéias calvinistas desde o princípio não me passavam a impressão de serem bíblicas. Sempre foi claro para mim pela a leitura dos Evangelhos que a salvação era um desejo e uma oferta de Deus para toda a humanidade, só que a maior parte dela a rejeita.

O calvinismo é um corpo teórico imbricado e labiríntico da Reforma Protestante criado para explicar o “simples” Evangelho, sistema tão contraditório e confuso que por tal razão acaba sendo a própria negação do Evangelho. É impossível para um calvinista se impuser com sua “doutrina” sem se contradizer. Nunca considerei o calvinismo bíblico. Após milhares de horas e anos a fio estudando tal sistema, comparando-o com a Bíblia, percebi que o calvinismo não somente não era bíblico, é antibíblico. A tentativa de explicar as Escrituras é a própria ininteligização delas. Tamanha é a capacidade desse sistema teórico para desfigurar o caráter de Deus conforme é descrito na Bíblia, que Ele se torna irreconhecível.

12 junho, 2010

PREDESTINAÇÃO: EQUÍVOCOS DAS NOÇÕES FATALISTAS

Razão da existência de tantas religiões, o empenho para conferir significação aos mistérios mais inquietantes da vida é revelador de uma verdade irrefutável: o ser humano é obstinado para tocar o transcendental. Praticamente a história de todos os povos e religiões reflete isso. Os muitos porquês são os propulsores: o próprio esforço pelas respostas é sacralizado dentro da construção do sagrado.

Sendo uma dessas construções, a noção do destino permeia praticamente todas as religiosidades conhecidas, do passado e presente. O cinema, a música e o senso-comum popular reproduzem essa inclinação: que o destino dos indivíduos está traçado desde muito antes do nascimento. A trilogia Matrix abordou o assunto, e os ditados populares, tão repetidos acrítica e ingenuamente, também expressam modernamente tal idéia primitiva: “pau que nasce torto nunca se endireita”, “filho de peixe, peixinho é”, “o que tem de ser será”. Velhos refugos sempre reavivados no imaginário coletivo das sociedades contemporâneas como materialização do controle de pensamento.