26 setembro, 2010

INFERNO: UMA ESCOLHA DE DEUS OU DO HOMEM?

Por Sandro Moraes

“No meu entendimento, existe um defeito muito sério no caráter moral de Cristo, que é acreditar no inferno. Eu não acho que uma pessoa que seja profundamente humana possa crer na punição eterna”.

                    Bertrand Russel, ateu

"O inferno é o grande cumprimento que Deus presta à realidade da liberdade humana e à dignidade da escolha humana”. 

                     G.K. Chesterton, cristão



As modernas religiosidades, inclusive “cristãs”(?), apregoam que a crença na existência do inferno é uma horrível doutrina pagã medievalista, apêndice de obscuras épocas politeístas que não se coaduna com o infinito amor divino nem com a modernidade. A visão perturbadora da eterna condenação de homens impenitentes torna detestável a própria sonoridade da palavra. Até o século 19 era uma crença comum na igreja, porém, modernamente, até mesmo teologias “cristãs” asseveram que Deus, sendo todo amor e soberanamente bom, paciente e misericordioso, jamais cogitaria enviar suas criaturas para um lago de fogo, para um lugar de punição numa existência eternamente separada dEle.

16 setembro, 2010

Sozinhos com o Pai no lugar secreto

Por Sandro Moraes


Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará (Mateus 6.6 - NVI).

Deus criou o ser humano para desfrutar de plena comunhão com Ele. Antes da rebeldia no Éden, o homem era capaz de compreender completamente a vontade de Deus, algo tornado possível mediante uma comunicação que não encontrava obstáculos. Era a conseqüência natural de ter sido criado à imagem e semelhança do criador.  

Todavia, o pecado entrou no mundo e quebrou a comunhão santa e perfeita entre o Criador e a criatura. O poder de escolha tão necessário a um relacionamento espontâneo baseado no amor foi a porta de entrada daquilo que roubou a alegria de uma comunhão sem interrupções com o Pai. 

01 setembro, 2010

A modelagem do ser pela oração

"Afastar-se das outras pessoas quando a sós com Deus – é esse o único modo, o modo infalível de conviver com as pessoas no poder da benção de Deus" (Andrew Murray)

Por Sandro Moraes

Ser sal da terra e luz do mundo. As palavras de Jesus Cristo aos discípulos de todas as épocas são capazes de tocar profundamente todos os sensíveis para o chamamento revolucionário e libertador do mestre: repousa em nossas mãos a responsabilidade para sermos diferentes numa sociedade que vive a angústia existencial das desesperanças e incertezas. Não diferentes no sentido de “alienígenas”, cujo estilo de vida marcado pela esquisitice provoque repulsa e um desejo ardente nas pessoas que conosco convivem para manterem-se afastadas de nós, "os chatos”. Dar sabor às circunstâncias ao mesmo tempo em que toda podridão é afastada e iluminar lugares mesmo onde prevalecem as mais densas trevas: esse é o real sentido de ser sal e luz num mundo insípido, pútrido, moral e espiritualmente escuro; a maldição do pecado causador de efeitos profusamente danosos no homem, deve ser sempre um alerta para a nossa responsabilidade de exercer o papel de sal e luz; responsabilidade a ser sempre cumprida com os sentimentos de privilégio e alegria e em zelo e sabedoria. Não é aceitável brincarmos de ser cristãos hoje.