Por Sandro Moraes
Coube à geração da segunda metade do século XIX testemunhar a prova suprema da soberba papal. Teria a publicação da bula do papa Pio IX deixado o mundo boquiaberto? Só então foi descoberto que o Pontífice Romano, o vigário de Cristo era infalível em matéria de doutrina, fé e moral. Teria a mais nova e bizarra invenção feito Lúcifer estremecer com o desafio do neo-pretenso deus de usurpar o trono da mais perfeita auto-exaltação? Ou o anjo de luz gargalhou com profunda satisfação pelo surgimento de mais uma obra-prima luciférica? Não está escrito na carta paulina aos romanos que todos pecaram e carecem da glória de Deus?
A despeito da declaração escriturística de que todos os homens são pecadores a igreja babilônica teve a ousadia de declarar que existe um homem perfeito investido de infalibilidade, um deus na terra capaz de denunciar e inutilizar como erros as ordenanças do Deus do céu. Impossível não recordar as palavras do apóstolo Paulo falando acerca do filho da perdição (o futuro anticristo) aos tessalonisenses que ele "se opõe, e se levanta contra tudo o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus". Não obstante serem pessoas diferentes (o futuro filho da perdição e o papa), a semelhança é assombrosa.