10 agosto, 2010

A psicologização do cristianismo como sedução dos últimos dias

Por Sandro Moraes

2 Timóteo 3.1,2: “Sabe, porém, isto, que nos últimos dias virão tempos difíceis; pois os homens serão amantes de si mesmos...”(Versão Sociedade Bíblica Britânica). 

Tenho refletido muito no chamado evangelho “antropocêntrico” dos últimos dias e buscado evidências práticas que relacionem o evangelho da pós-modernidade ao cumprimento profético das palavras paulinas a Timóteo. É uma realidade tão sutil que o evangelho centrado no homem amante de si mesmo é reproduzido por muitos com tanta reincidência que se torna assombroso pela incapacidade de multidões de discerni a tortuosidade. O evangelho dos amantes de si mesmos é tão esmagador que tiraniza sem que o tiranizado perceba, visto que entorpecido pelo efeito embriagante e prazeroso do ego massageado, da sensação de bem-estar produzida pelo evangelho do aceite-se a si mesmo, mas que no final desemboca em caminhos de morte.

Nas músicas do universo gospel do evangelho da pós-modernidade há uma profusão de exemplos que, a despeito de serem numerosos, são imperceptíveis para muitos. Os adoradores adoram a Deus sem saber que não estão adorando o Criador e erguem às mãos ao alto. São significativos os exemplos de letras cantadas nas igrejas que traduzem bem o espírito do nosso tempo: “É impossível, mas Deus pode mudar o quadro da minha história”; “Uma nova história Deus tem pra mim, um novo tempo Deus tem pra mim”; “Os sonhos que Deus sonhou pra mim”; Deus escreverá novas páginas da minha história, “A minha sorte foi que Deus apostou em mim, acreditou em mim (?); mim, mim, mim, meu, meu, minha, eu, eu, eu... Tento encontrar pelo menos nos salmos base escriturística para tantas canções voltadas para o homem, centradas na criatura cheia de desejos egoístas e materialistas, contudo cantadas como se fosse Deus quem estivesse sendo louvado. Ao invés de erguermos as mãos para o alto, deveríamos apontá-las para nós mesmos, os verdadeiros adorados quando cantamos tais canções: louvores aos sínicos deuses-homens. 

Que relação há entre esse estranho “evangelho” com o Evangelho da cruz que nos ensina: “Então Jesus disse aos seus discípulos: Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mateus 16.24 – NVI)?            

O falso evangelho do aceite-se a si mesmo, antagônico ao verdadeiro Evangelho do negue-se a si mesmo nada mais é do que a cruz psicologizada, externada num “Cristo” trivializado. Não raro pregadores até bem intencionados elaboram seus sermões em torno de teorias psicológicas. Dos púlpitos reverberam expressões como auto-estima elevada, auto-amor ou amor próprio, auto-imagem positiva, auto-gratificação, auto-realização, etc, como necessidades que precisam ser desenvolvidas no homem interior. Já vi isso muitas vezes. São termos da psicologia humanista introjetadas no evangelho como se este não fosse suficiente para resolver os problemas humanos, precisando receber o reforço poderoso de teorias formuladas por humanistas hostis à Palavra de Deus. Durante praticamente 20 séculos a igreja não precisou dos empréstimos da psicologia para salgar e iluminar o mundo, mas agora ela é indispensável. O problema é que em muitos aspectos a psicologia humanista apresenta-se como religião rival ao cristianismo. E você sabe onde se originaram os tantos “autos” supramencionados? Originaram-se no coração do narcisista incorrigível Lúcifer. 

Isaías 14.12-14: “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo” (ARA). 

Ezequiel 28.15,17a:Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti; Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra...” (ARA).



Religião Ego

Ao introduzir, não o ateísmo, mas o politeísmo querendo ser semelhante ao altíssimo, ou seja, igual a Deus, Lúcifer mostra que ninguém teve tanta auto-estima, auto-amor, auto-satisfação e auto-imagem positiva quanto ele próprio. Ao introduzir o “eu quero” para rivalizar com a vontade soberana de Deus, Lúcifer, transformado em Satanás, inaugura a religião ego e introduz esse arsênico na raça humana no Éden ao propor a Eva que se ela comesse do fruto da árvore proibida seria como Deus, conhecedora do bem e do mal. O desejo de ser Deus que permeia tantas religiões encheu o coração do querubim da guarda ungido e posteriormente envenenou a mente humana. 



Ídolo detestável adulado

Curiosa é a nossa relação com o ego. Ao conhecermos o autêntico Evangelho da cruz entendemos que devemos negar esse ídolo detestável, ou seja, negar a nós mesmos. Porém lutaremos contra a carne até recebermos os corpos incorruptíveis, glorificados após o arrebatamento quando o ego será finalmente mortificado. Até lá, com muita freqüência teremos uma relação paradoxal de amor e ódio com esse ídolo interior. Num momento o negamos, em outro o adulamos e o massageamos. Esse ídolo que mata a todos como se estivesse doando vida, que jaz no peito de cada um é o demônio interior de todos os homens, ídolo perante o qual todos nos curvamos, mas que precisa ser rejeitado: o ego, miserável ego que se obstina em rivalizar com a vontade de Deus. E para negá-lo necessitamos seguir o exemplo de Cristo Jesus, tendo em nós o mesmo sentimento que houve nEle que a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo; a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz (Filipenses 2.5-11). Precisamos tomar sobre nós o jugo de Cristo e aprender dele que é manso e humilde de coração e em quem encontramos descanso para nossas almas (Mateus 11.29). Temos que olhar para aquele que desceu do céu não para fazer a própria vontade, mas a vontade daquele que o enviou: o Pai celeste. Que relação há entre auto-estima elevada e auto-amor ou auto-imagem positiva com negar-se a si mesmo, ou seja, negar todo desejo pecaminoso contrário a Deus? Que relação há entre nos esvaziarmos ou sermos mansos e humildes com os termos da psicologia humanista? Nenhum. Nos esvaziamos e nos negamos quando entronizamos Cristo no lugar do ego outrora entronizado no centro de nossas vidas. E só então podemos dizer como o apóstolo Paulo, agora vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim



O problema da auto-estima

Nenhum ser humano sofre de baixa auto-estima. Até o suicida tem auto-estima elevada. Por amar tanto a si próprio, entende que não é merecedor de tanto sofrimento e tortura existencial e decide abreviar a sua vida para cessar o sofrimento. A grande prova de que o homem pecador ama tanto a si mesmo é que o segundo grande mandamento de Cristo é: “ame ao próximo como a si mesmo”. Já nos amamos naturalmente, por isso Jesus nos ensinou a dividirmos esse amor com o próximo.

O ser humano pecador não precisa cultivar a auto-estima, pois isso ele já faz naturalmente ao longo de uma vida. Isso se chama egocentrismo. Necessita sim negar essa auto-estima elevada seguindo o exemplo dos heróis da fé.

Paulo disse acerca de si mesmo, reconhecendo sua real condição, que era o principal dos pecadores (1 Timóteo 1.15); um homem miserável, desventurado (Romanos 7.24) e o menor de todos os santos (Efésios 3.8). O profeta Isaías vociferou acerca de si próprio: “ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros” (Isaías 6.5). Paulo exortou os filipenses (e a todos nós) a serem humildes considerando cada um os outros superiores a si mesmos (Filipenses 2.3). E em Romanos 12.3 está registrado para a nossa edificação: Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, segundo a medida da fé que Deus repartiu a cada um. 

Portanto, conforme as Escrituras o nosso problema não é de baixa auto-estima ou auto-imagem distorcida. O problema básico do homem é a elevada auto-estima, a auto-imagem muito positiva, o amor-próprio, pecado. 

O chamamento de Cristo é para nos esvaziarmos, negar a nós mesmos, que significa dizer negar o ego, e nos humilharmos debaixo da poderosa mão de Deus que nos capacita a sermos humildes como resultado da ação do Espírito Santo na vida de todo aquele que crê. O Espírito gera em nós frutos antagônicos ao ídolo ego.



Confrontando a nova psicoespiritualidade

Muitas igrejas estão concedendo cada vez mais honra e crédito a psicologia. Só as Escrituras não são mais suficientes. Tomam de empréstimos termos da religião rival quando deveriam se despir daquilo que acolheram em seu seio. Para um retorno ao cristianismo bíblico, nós, como igreja, temos que nos purificar das teorias e terminologias da psicologia humanista. Até a vitória em Cristo propagada em muitos púlpitos é a vitória da carne, dos desejos para que bênçãos se transformem em materializações mercantilistas. Fuja! Melhor, combata essa nova psicoespiritualidade disseminada em muitos livros, canções e sermões, travestida de verdadeiro Evangelho sendo realisticamente o falso evangelho psicológico dos amantes de si mesmo, o evangelho desprovido da cruz  centrado no homem e não em Cristo. Fuja dos sermões psicologizados elaborados para agradar e massagear o ego, garantindo igreja cheia mas afastando a todos os ouvintes não-bereanos e não-salvos da verdade que liberta. 

O humanismo e a Palavra de Deus excluem-se mutuamente. Profeticamente falando, a “psicologia cristã” coopera para a formação da igreja apóstata e para a futura religião do anti-Cristo. Ela não é para aqueles que têm a mente de Cristo que sabem que a felicidade não habita na auto-estima como ensina a psicologia, mas em Cristo, autor e consumador da nossa fé.

  

19 comentários:

Rô Moreira disse...

Sabe meu amigo, depois que descobriram que o povo de Deus esta doente, devido a problemas da vida, e que nem tudo é diabo, mas sim doenças psicossomáticas, depois que descobriram que trabalhar com a psicologia é mais fácil , é mais fácil enganar o povo dizendo ser o diabo, mas é doença que se pode tratar dentro de uma consultório, mas levaram para dentro das igrejas, introduziram-na dentro da igreja e e deixaram a Bíblia, deixaram Deus, estão tratando da alma, dos traumas, mas não com Deus, e as ovelhas também se tornam presa fácil pois estão tratando delas, mas Jesus esta longe, o valor esta na psicologia e não mais na palavra! Veja bem, não sou contra a psicologia.
Mas esqueceram que o papel de Deus em nossas vidas é: Ele curar, liberar e salvar.

Unknown disse...

Sandro de fato eu sempre acreditei na pscologia como tratamento e como fonte para o auto entendimento,a auto-aceitação e sempre vi a passagem que voce citou "ame ao seu proximo como a si mesmo" de outra forma como que primeiro eu tivece que me amar para depois amar o outro, certamente vc me abriu os olhos com relação a auto-estima, o que voce expoe realmente faz todo o sentido. Ao ler seu texto fiz uma avaliação dos meus comportamentos mentais e de fato este ego existe em mim em infitas situações ele me envolve e em muitas delas percebo e confesso que cedo a ele. A parte em que voce diz no texto que até o suicida ao cometer este ato tem uma auto-estima elevada e não se acha merecedor de tal sofrimento é coerente, eu nunca tinha visto desta forma.

Sandro Moraes disse...

Rô e Marcos, pretendo escrever mais dois artigos sobre o tema "psicologia cristã" que é algo que sempre me intrigou. Psicologia cristianizada e cura interior deverão ser as próximas postagens e é claro aguardo suas avaliações, inclusive para discordar se desejarem. Abraço!

Rô Moreira disse...

Sobre cura interior eu sei bem, já fui de uma igreja que se faziam rsrs

Rô Moreira disse...

Ah! quebra de maldição também, não esqueça rsrs!

PONTO FINAL disse...

Sandro, parabéns pela reflexão! Voçê tem razão quando fala dessa influência antropocêntrica estampada nas músicas, nas pregações e nas produções literárias(livros de auto-ajuda). Todavia, é preciso fazer algumas ponderações: 1) A presença de Cristo na vida de uma pessoa lhe proporciona um novo caminhar, uma nova história, todas as coisas se fazem novas na vida daquele que reconhece Cristo;
2) No transcurso da história da igreja sempre tivemos momentos de crises fruto evidentemente das pressões que o mundo exerce sobre o povo do Senhor. Por exemplo, no II Século a igreja se deparou com o gnosticismo. Foi preciso os líderes permanecerem no fundamento dos apóstolos;
3) Guardadas as devidas proporções, em nossos dias percebemos a influência desse olhar psicanalítico para a tragédia humana, deixando de lado as Sagradas Escrituras. Não são poucos os pastores que buscam na Psicanálise respostas para as angústias da alma;
4) Por fim, acredito que assim como a medicina está para o tratamento do nosso corpo, a psicologia está para o tratamento da alma. Contudo, é preciso sempre confiar na Graça de Deus. Não concordo com o uso exacerbado da ferramenta(psicologia, psicanálise) como instrumento fundamentador da prática pastoral, mas porque não usá-la como auxílio?
Um abração!!! Seu blog tá dez!!!

Rô Moreira disse...

PONTO FINAl disse: porque não usá-la como auxílio?

Sim até entendo o que vc quis dizer, mas creio que fazendo o uso da psicologia vc tira o foco de Deus. Porque igreja é lugar de poder de Deus, de cura que vem da parte de Deus, e não do homem. Deus não precisa de ajuda. A impressão que se tem é que Deus não mais cura, e que na verdade eles não acreditam que Deus cura. Tira o foco de quem merece entende? Paz querido!

Sandro Moraes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Sandro Moraes disse...

Erasmo, meu querido neopastor, obrigado pela sua visita e meus respeitos! Gostei da sua discordância porque na dialética construímos entendimentos saudáveis. Quanto a nova história de alguém feito nova criatura em Cristo é indubitável. A crítica que faço é direcionada à ênfase, à intencionalidade e à tendência-espírito desta época. Há até bem poucos anos as letras das músicas cristãs eram teocêntricas, cristocêntricas; atualmente são mais centradas no homem. Olho para os salmos de onde tiramos inspiração para orações e canções e observo que não deixam espaço nem para liberdade poética herética tão em voga. Se fosse uma ou duas músicas falando de uma nova história, tudo bem, mas o excesso mostra a doença da auto-idolatria do nosso tempo. É o contexto que denuncio.

Bom, psicologia para o tratamento, "cura" da alma. Já que a sociedade é laica, entendo que a psicologia tem a sua importância no estudo do comportamento humano. Nesse aspecto a psicologia é ciência. Quando se trata de "cura" da alma, a psicologia é religião. E a psicologia cristianizada tornada produto de consumo na igreja na minha ótica é caminho para apostasia. E é a psicologia religião e não a comportamental que combato e ela tem o seu lugar apropriado, por exemplo, no contexto acadêmico. Estou separando uma série de versículos bíblicos para num artigo comprovar a incompatibilidade de alguns conceitos da psicologia religiosa com os ensinamentos das Escrituras. Se o problema do ser humano para a psicologia é baixa auto-estima, para a Bíblia é a elevada auto-estima, ou seja, ego inflado, pecado. Os heróis da fé ao reconhecerem-se pecadores, consideravam-se os mais miseráveis dos homens, indignos e "baixavam suas estimas". Veja Jó que no final do livro ao dizer "meus olhos te vêem" declarou, "me abomino" provavelmente comparando sua pecaminosidade à santidade de Deus. Nas Escrituras não cabem "auto-estima, auto-afirmação, auto-satisfação, auto-amor, enfim, auto-ismos como frutos do egoísmo auto-idolátrico.

A solução para a psicologia é o indivíduo aceitar-se a si mesmo, para as Escrituras é negar-se a si mesmo. Para a psicologia a salvação reside no pensamento positivo, em olhar para dentro, para o interior e encontrar auto-satisfação; na Bíblia é olhar para fora, para Cristo e encontrar nele satisfação, ou melhor, salvação! Abraço amigo!

Rô Moreira disse...

Inclusive faço propaganda de um ótimo livro, do meu amigo Pr. Ciro Sanches Zibordi se chama: Autoajuda ou Ajuda do Auto . Ele é muito bom, de uma conferida!

Rô Moreira disse...

Sandro posso postar seu artigo em meu blog? darei seus devidos crédito. Paz!

Sandro Moraes disse...

Claro, Rô, fique à vontade!

PONTO FINAL disse...

Eu concordo que o evangelho é o poder de DEus, que o único capaz de transformar é Deus, que a natureza humana está corrompida e necessita da graça de Deus. Concordo com os excessos, sobretudo com o antropocêntrismo fruto do iluminismo estampado em nossos dias. Minha questão posta repousa no fato de que não podemos demonizar as ferramentas AUXILIARES que podem contribuir perfeitamente com nossa existência. Eu diria que é quase impossível desprezar essas ferramentas. Por exemplo, estamos usando uma ferramenta global, que interliga as pessoas em todas as partes do mundo, que Jesus, os apóstolos, os pais da igreja, Agostinho, Tomás de Aquino, Erasmo de Roterdã, Lutero e tantos outros não utilizaram. Por que? Ora, não estava disponível naquelas sociedades. Aí perguntamos: Ao utilizarmos a internet estamos fugindo do modelo bíblico de comunicar o evangelho? Estamos sendo antibíblicos? Veja, estou apresentando um exemplo dentre tantos que estão por aí a fora. Sandro Moraes, meu nobre amigo, de fato Deus opera em nós tanto o querer quanto o efetuar de acordo com seu bel prazer. Abraços¹¹

Sandro Moraes disse...

Valeu, Pr Erasmo, gostei, mas insisto. O meu enfrentamento é daquilo que considero religião rival e que popularmente ficou conhecido como auto-ajuda. E permaneço considerando estranho pastores pregarem usando expressões como "vc tem uma auto-imagem distorcida", "tenha pensamento positivo senão anula a benção", e sermões que motivam o indivíduo a confiar mais em si mesmo. Pregações ou palestras motivacionais? Em assuntos acerca da "Fé" o direcionamento adequado é: "confie em Deus, tenha fé nEle. Estudei muito psicologia comportamental. No curso de Educação Física, estudei fenômenos gerais psicológicos e do esporte em 3 cadeiras. Já no curso de Comunicação Social, os fenômenos da comunicação e persuasão da mensagem segundo a psicologia recebiam uma abordagem interessante que nos faziam entender inclusive o processo de condicionamento do pensamento coletivo da sociedade pela mídia. No ensino médio estudei desvios de comportamento, e mais recentemente por conta própria os serial killers. Entendo que esses são os campos de atuação apropriados e respeitáveis da psicologia. Agora, quando na década de 2000 vi alguns pastores associarem Bíblia e psicologia, o que vi foi rivalidades de princípios antagônicos entre as Escrituras e os conceitos de auto-ajuda. Porque não era a psicologia ciência que via entrar em cena e sim espiritualidade alienígena. Um diz "negue-se", o outro diz "aceite-se". Mesmo sendo pregadores habilidosos, percebi que em essência as mensagens ficavam contraditórias. Além do que é estranho um pregador afirmar "não seja negativista, tenha pensamento positivo!" ??? Duas parentes minhas por problemas de depressão aconselharam-se com psicólogos sem resultados, eles falavam o óbvio da auto-ajuda. Insatisfeitas procuraram pastores que ministraram aconselhamento bíblico: um bálsamo! Agora os pastores tem que estudar psicologia para aconselhar porque a Bíblia não é mais suficiente?

Continua!

Sandro Moraes disse...

Erasmo, a psicologia não é uma coisa só, nem neutra. Vc sabia que grandes nomes da psicologia eram ocultistas e hostis à fé cristã? Que em suas pesquisas eles procuravam desacreditar essa fé? E alguns textos acadêmicos da UFMA afirmavam que a Bíblia era fruto de mitologização. Vi pessoas apostatarem por isso. Mais: em alguns conceitos do potencial humano e do estudo da mente existem elementos ocultistas, e até crença em reencarnação. De qual psicologia estamos falando? Tenho visto há anos na introdução de psicologia nos sermões e aconselhamentos pastorais a última grande heresia da igreja. Quando um relevante pastor que tive falava de cura interior, percebia que para aceitá-la tinha que rejeitar grandes verdades escriturísticas. Príncipe, é bom debatermos porque nos dá a chance de fazer o que a igreja não faz: discutir, esclarecer. Mas estou convicto de que o que combato é religião e heresia e não a psicologia do comportamento que não entra na igreja, só a psicologia religião! Escreverei mais um artigo. Talvez demore um pouco porque ministrarei duas semanas de aula sobre teoria da comunicação no Senac. Grande abraço meu pastor! Obrigado pela dialética!

Sandro Moraes disse...

Pr Erasmo, entendi o que vc quer dizer com ferramentas auxiliares. Mas talvez não estejamos discutindo a mesma coisa. No meu próximo artigo talvez venhamos a tirar essa dúvida. Abraço, príncipe!

Rô Moreira disse...

O que mais me espanta Sandro é que muitos dizem que USAM a psicologia a luz da Bíblia !!

Eliane disse...

Esse artigo expôs de forma clara aquilo que também penso, mas não conseguia expressar em palavras.
Deus abençoe.

Anônimo disse...

Tomei a liberdade de publicar seu teto no blog: http://geracaomaranata.com.br/2011/10/quais-sao-os-sinais-que-antecedem-a-volta-de-jesus-humanismo-secular-e-psicologia-humanista/

Não precisa publicar esse comentário.
Deus abençoe
Eliane