Por Sandro Moraes
“No meu entendimento, existe um defeito muito sério no caráter moral de Cristo, que é acreditar no inferno. Eu não acho que uma pessoa que seja profundamente humana possa crer na punição eterna”.
Bertrand Russel, ateu
"O inferno é o grande cumprimento que Deus presta à realidade da liberdade humana e à dignidade da escolha humana”.
G.K. Chesterton, cristão
As modernas religiosidades, inclusive “cristãs”(?), apregoam que a crença na existência do inferno é uma horrível doutrina pagã medievalista, apêndice de obscuras épocas politeístas que não se coaduna com o infinito amor divino nem com a modernidade. A visão perturbadora da eterna condenação de homens impenitentes torna detestável a própria sonoridade da palavra. Até o século 19 era uma crença comum na igreja, porém, modernamente, até mesmo teologias “cristãs” asseveram que Deus, sendo todo amor e soberanamente bom, paciente e misericordioso, jamais cogitaria enviar suas criaturas para um lago de fogo, para um lugar de punição numa existência eternamente separada dEle.