08 março, 2010

Valorização da mulher: o legado de Cristo

“Jesus de Nazaré é incomparável em seu impacto sobre as mulheres. Ninguém fez tanto para elevar a dignidade da mulher em geral e da maternidade do que Jesus Cristo.” (Tim LaHaye)

Mais um 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Há muito para ser celebrado, igualmente tanto para ser lamentado. Se a data ainda existe dentro de um colossal esforço para associá-la a uma conscientização, significa dizer que tem sido roubado o direito da mulher de existir no mundo com o devido reconhecimento de seu papel.  


Há uma profusão de notícias de violência, de verdadeiras barbaridades covardes contra o sexo fisicamente mais frágil, a despeito da Lei Maria da Penha. Espancadas, assassinadas, estupradas, encarceradas, anuladas, coisificadas, desexistencializadas... para muitas esta data nada diz, só amplifica a tristeza e os sentimentos de revolta, desesperança ou mesmo a insensibilidade e indiferença como mecanismos criados para aplacar a dor de existir num mundo ainda insensível ao grito silencioso de muitas, mas que poderia ser audível se houvesse ouvidos dispostos a ouvir.   


Há também razões para comemorar. Se aconteceram e acontecem conquistas revolucionárias para o feminino, temos que louvar a Deus porque tal revolução começou por Sua própria iniciativa ao encarnar-se para mostrar que a mulher tem valor aos olhos do Pai numa época em que ela era considerada um pouco maior que o animal e bem menor que os homens.

Nos dias de Jesus as mulheres eram negociadas como gado e escravas sem desfrutar de direitos públicos mínimos, sob o beneplácito da lei: a elas, por exemplo, era determinado com quem casar, quando casar, como casar, num processo que envolvia negociata, o que explicitava o papel da mulher como mercadoria. Algo além disso? Só o de simples progenitora para garantir a continuidade da descendência, algo não visto exatamente com nobreza.


Cristo enobreceu a mulher, e o respeito dispensado a ela como ser humano criado à imagem e semelhança de Deus, inspirou muitos de seus seguidores no perpassar dos séculos. O respeito demonstrado à mulher samaritana, à prostituta, o ensino dedicado a elas e outras, o privilégio de andar com o “Mestre”, de constatar que ressuscitou, tudo isto foi ultra-revolucionário para o contexto cultural na qual Jesus viveu.

Foram os seguidores de Cristo que garantiram o direito de voto à mulher na Europa e nas Américas e o acesso delas à educação ao longo dos séculos; são os seguidores d’Ele que lutam pela não legalização do aborto, do assassinato legal daquele ou daquela que ainda não veio ao mundo.  São eles que dizem que a “mulher-feto” também tem o direito de escolher continuar existindo.   

Mesmo o apóstolo Paulo, tão mal compreendido quando não autorizava a mulher a ensinar escrevendo à Timóteo, apresentava uma mensagem bastante revolucionária para aqueles dias  ao deixar a mulher aprender. Ou quando disse que o marido amasse a sua esposa não a tratando com amargura (Cl 3.19; Ef 5.25). Em outros contextos culturais menos opressores às mulheres, Paulo reconheceu a autoridade delas para ensinar e evangelizar (Rm 16.1-3; Fp 4.2,3).

O apóstolo Pedro não foi “machista” ao ensinar a esposa a ser submissa (1 Pe 3.1-6). Antes a ensinou que, mesmo sem palavras, poderia tornar seu marido receptivo ao evangelho por meio do seu procedimento e caráter semelhante ao de Cristo, valorizando-a.

Por tudo isto as mulheres precisam entender que têm uma eterna dívida de gratidão por Jesus Cristo, porque Sua vida e ensinos garantiram a elas uma posição social mais elevada hoje do que em outros tempos. Muito ainda precisa ser feito, existem triunfos esperando por ser conquistados, as distorções dos movimentos feministas, que vêem o homem como adversário e inimigo, necessitam ser discutidos e até combatidos. E os reais papéis de cada um, do homem e da mulher, tem que ser clarificados para que um não anule o outro e solape a família.


Dedico esta reflexão à todas as mulheres que foram criadas por Deus para serem mais do que ajudadoras, auxiliadoras. É graças a elas que eu e você existimos. Inclusive aqueles que lutam pela legalização do aborto. Já pensou se eles tivessem sido abortados? Não estariam aqui para lutar pelo atentado legal à vida. Que privilégio o papel de ser a continuadora da existência do ser humano, uma experiência única.   

Dedicatória também para duas importantes mulheres em minha vida: à minha mãe pelo amor, carinho, ternura, ensinos, por tudo o que ela me proporcionou me construindo e ajudando a ser o que sou.  Mãezinha Violeta te amo muito. À minha linda esposa Paola, aquela mulher especial que me ajuda a tomar decisões, que me ama, me completa e me faz muito feliz. Repito o que disse no dia do nosso casamento: “Te amo até a eternidade!”

Em Cristo que, por tudo o que fez pelas mulheres, mostra também porque é único, inigualável e a mais impactante e extraordinária personalidade de todos os tempos.

Por Sandro Moraes

2 comentários:

Paola disse...

Meu amor é lindo mesmo...
Obrigada pela dedicatória! Te amo ainda mais...

leila disse...

Parabéns!Belissíma a sua reflexão sobre as mulheres. Amei!!!
Que Deus abençoe você e sua família sempre.
Um abraço