19 outubro, 2010

O país das inversões de papéis e valores

Ai dos que chamam ao mal bem e ao bem, mal, que fazem das trevas luz e da luz, trevas, do amargo, doce e do doce, amargo (Isaías 5.20).


Por Sandro Moraes
A degradação moral é explícita e dissemina-se ocasionando inversões de valores em praticamente todas as esferas sociais. O livro do profeta Isaías é atualíssimo; uma séria reflexão no versículo supramencionado é premente porque...

...ser heterossexual é jurássico, moderno é ser gay com o beneplácito da mídia, de filmes, novelas e políticos. Ser contra a adoção de crianças por casais homossexuais? Deixe de ser preconceituoso! Casamento? Melhor morar junto. Fica mais fácil separar! A propósito, separação não estaria mais em voga que casamento? Honesto? Melhor aderir ao jeitinho brasileiro e se dar bem!

No país da inversão de papéis, o corrupto merece ser blindado e o ético e justo, combatido ferozmente. Os que denunciam precisam se tornar vozes "caladas" ou "silenciosas". Os que praticam perversões, pactos profanos e transformam oligarcas em amigos de infância são os heróis. Os bandidos? Todos nós que não compactuamos com o cenário tenebroso originado a partir dos obscuros subterrâneos de Brasília e da casa do "chefe" que tudo vê, mas que nada sabe. E a imprensa em tudo isso? Onde estão os jornalistas? Quando não é possível comprá-los ou suborná-los, podemos torná-los bajuladores de primeira linha como Ricardo Kotscho, ou fazê-los mudar de opinião como Luís Nassif, que desdiz tudo o que disse, ou como Josias de Souza, que mudou subitamente de postura. A Folha não era acusada de ser tucana? Como explicar seu neo-lulopetismo? E o Datafolha que vive errando em seus levantamentos?

Quando não dá para comprá-los, é possível intimidá-los com patrulhamento geral, amordaçá-los. E Fidel Castro, Hugo Chaves e Ahmadinejad mostram que fizeram escola. O aluno Lula prova que fez bem o dever de casa.

Com efeito os cortantes comentários de Bóris Casói incomodaram muito o atual governo: acabou demitido da TV Record por ordem do próprio presidente Lula. A primazia às avessas de Boris era um anúncio profético; a caça às bruxas não encontraria freios.

O quadro "As meninas do Jô" foi súbita e inexplicavelmente tirado do ar. Fácil entender: no quadro, todas as quartas-feiras, as jornalistas Lilian Witifibe, Ana Maria Tahan, Cristiana Lobo, Lúcia Hippólito e, por vezes, outras mulheres, traziam ao conhecimento do público todas as falcatruas do governo Lula que se propagam pelo país como vírus. Os debates eram cortantes e doíam muito na carne do governo, embora fosse transmitido pela madrugada. Tinha mesmo que sair do ar.

Um dos maiores incômodos do atual governo, Arnaldo Jabor sofre há alguns anos perseguições sistemáticas. Processado, condenado, retaliado, censurado, ameaçado. Está impedido judicialmente de falar nas primeras horas da manhã, na Rádio CBN, acerca de política nacional, na verdade de qualquer assunto relacionado ao governo.

A mando do governo, a jornalista Lúcia Hippólito também foi impedida de abordar sobre política na CBN, como costumeira e incisivamente fazia, pouco antes das 8 horas da manhã. Foi transferida para ancorar outro horário, quando só fala de temas amenos e sem suas habituais características.

Colunista da VEJA e autor do livro "Lula é minha anta", o diversas vezes processado Diogo Mainard saiu do Basil. O motivo? Vinha recebendo ameaças de morte de jornais alinhados ao governo e de integrantes de movimentos sociais.

O jornal O Estado de São Paulo ficou censurado durante meses. Todos os nomes dados, todos os fatos esclarecidos.. ninguém foi preso! A quadrilha de assaltantes do Palácio do Planalto comete suas pilhagens, rapinagens, traquinagens... culpabilizada é a imprensa a quem imputa-se crimes. A liberdade de expressão e o estado democrático de direito entraram em contagem regressiva para a inexistência ou para a memória dos "bons tempos" do país.

Não há mais caras pintadas. Teria o país entrado num processo de anencefalização e entorpecimento irreversível? O resultado do segundo turno dará a resposta.

Pelo território nacional proliferam bajuladores lacaios capazes de literalmente se lambuzarem em ovos para se dar bem. Pobres imorais! Que vivam para sempre!

É o país da inversão de papéis e valores!

Querem dizer que abortar não é crime, crime é não engravidar. Candidata a mantenedora das piores perversões políticas do país, Dilma Rousseff sempre declarou considerar um absurdo que no Brasil o aborto ainda não tenha sido descriminalizado. Agora para agradar diz o contrário e não levanta mais a bandeira da legalização do aborto. A recusa em assinar um documento se comprometendo a não se empenhar pela legalização do aborto e do casamento gay denunciam a mentira. Até os profissionais do CQC da Band (emissora alinhada ao governo) foram obrigados a dizer que aborto não é assunto de presidente para ajudar a petista a sair um pouco da lama.

E o feto? Apenas uma massa disforme indesejada com menos valor que baleias, focas, várias espécies em extinção e o próprio meio ambiente.

É por essas e muitas outras razões que abracei a idéia de uma frase engenhosamente elaborada que ouvi de um amigo meu (Pedro Ivo, ex-diretor dos Correios no Maranhão):

Dilma, aborte essa idéia!




3 comentários:

Carol Mazali disse...

Parabéns pelo sucesso do blog. Que Deus continue te abençoando, e lhe dando sabedoria. Beijos

Rô Moreira disse...

Sandro, nesta segunda feira começarei uma série de entrevistas no meu blog, e o primeiro será o nosso mano claudio Nunes Horacio do Caminho da graça. Venha, vamos conhece-lo melhor. Espero vc lá ok !
Faça suas perguntas. bjs

Anônimo disse...

parabens Sandro, gostei dos assuntos...

queria só fazer uma pergunta, sendo o apocalipse o livro que mostra como vai ser o fim dos tempos, como podemos saber em que parte do apocalipse nós estamos ? sei que é uma pergunta boba, e até sem pespectiva, mais é por que to cheio de duvidas, e preciso resolver elas logo .-.

valeu ai e fique com Deus, obrigado desde ja ^^