06 outubro, 2010

O voto pró-Dilma é o voto pró-assassínio dos não-nascidos


Por Sandro Moraes

“PT estuda tirar aborto de programa para estancar queda de Dilma entre religiosos”. O título da reportagem de destaque publicada nesta terça (05) na Folha de São Paulo, já revela que a intenção do governo de retirar de seu programa o que já foi aprovado no congresso, não se trata de uma mudança resultante de um exame coletivo de consciência que encontrou uma moralidade residual; é demagogia gigante.

A ampla disseminação na mídia, sobretudo na internet, de que a candidata petista à presidência, Dilma Rousseff, é abortista foi a razão do crescimento de Marina Silva (PV) que adiou a decisão da corrida presidencial para o segundo turno. Pesquisas indicam que Dilma pode ter perdido até 6 milhões de votos, principalmente entre os evangélicos. Tal fato impulsionou a executiva nacional do PT a realizar uma reunião de emergência nas próximas horas para adotar medidas contrárias à própria natureza do esquerdismo. Retirar de um programa de governo a descriminalização do aborto é como cortar a própria carne. É da natureza de partidos de esquerda como o PT lutarem viceralmente pelo abortismo, corolário do ateísmo comum nos partidos de origem marxista e que varre os países dominados pela agenda da esquerda. A propósito, todos os projetos anti-familía e anti-Deus como a legalização do aborto, do casamento gay, a adoção de crianças por casais do mesmo sexo e a legalização da maconha são bandeiras comuns do esquerdismo e estão naturalmente na agenda petista. 

Tão anti-natural quanto as relações sexuais entre seres humanos e animais, a retirada da legalização do aborto do programa governamental já aprovado no congresso será uma hipocrisia efêmera com prazo de validade pré-definido: durará apenas até o início do governo de Dilma. Só que a eleição dela precisa ser garantida antes. E para isso, a hemorragia causada pela agenda abortista precisa ser estancada. A solução é fazer de conta que o ateísmo marxista se cristianizou: “Sou a favor da vida!”, diz agora Dilma Rousseff. A frase ensaiada foi pronunciada em várias entrevistas e ecoou o dia inteiro.  

Até a moção apresentada pela Secretaria Nacional de Mulheres e aprovada pela maioria dos delegados e delegadas do 13° Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (08-05-06) em que os petistas declaram o seu “posicionamento firme contra todas as injustiças e discriminações a que estão submetidas às mulheres na sociedade” (o que  inclui a descriminalização do aborto), não está mais disponível no site http://www.pt.org.br/site/secretarias (o site foi retirado do ar).

Agora Dilma Rousseff é anti-abortista? Definitivamente não. É fácil provar que este é somente um discurso conveniente tornado superficialmente atual.  
   
O jornal Diário do Nordeste publicou em 28-03-2009 a seguinte declaração pró-aborto de Dilma Rousseff: ‘‘Abortar não é fácil para mulher alguma. Duvido que alguém se sinta confortável em fazer um aborto. Agora, isso não pode ser justificativa para que não haja a legalização... O aborto é uma questão de saúde pública”. Como se percebe, ela estava muito à vontade para declarar seu real posicionamento, não se esquivando do polêmico tema. Na verdade, Dilma já vinha defendendo explicitamente a descriminalização da prática do aborto há alguns anos. Fez isto, por exemplo, em sabatina à Folha em 2007 (Veja o vídeo abaixo) e em entrevista concedia à Revista Marie Claire em 2009. 

O tema se tornou tão nauseante que a repentina ex-abortista Dilma tocou no assunto (mesmo sem ter sido questionada) na edição de segunda-feira (04) do Jornal Nacional em que tinha um minuto e meio para dar a sua mensagem ao eleitor. Ela disse: "Eu tenho uma proposta de valores. Um princípio nosso de valorizar a vida em todas as suas dimensões". 


Se todos os eleitores brasileiros primassem pela vida, tal demagogia já teria custado à Presidência da República, exatamente como teme a senadora eleita Gleisi Hoffmann (PT-PR). Essa senadora, assim como um dos coordenadores da campanha de Dilma, José Eduardo Cardozo, tiveram a cara de pau de dizer que a pró-descriminalização do aborto não é uma unanimidade no PT, sendo defendido apenas por algumas alas. O fato é que nunca na história deste país, um membro do Partido dos Trabalhadores teve a audácia de apresentar um projeto de lei que proíba o aborto e seja favorável à família. 

Em adição, o abortismo é a bandeira oficial do PT, de Lula e de Dilma Rosseff. A súbita “defesa da vida” de Dilma engana somente ignorantes. 

Brevemente abordaremos com detalhes os esforços do Partido dos Trabalhadores nesta década para descriminalizar o aborto no Brasil: um panorama da imoral relação aborto-PT-Lula-Dilma. Saberá ou relembrará também que a CNBB chegou a chamar Lula de  “o novo Herodes” em janeiro deste ano, em razão do presidente ter assinado no fim do ano passado o projeto de lei que descriminaliza o aborto e defende a união de pessoas do mesmo sexo, ao mesmo tempo em que proibia o uso de símbolos religiosos em estabelecimentos públicos da união (contundentes provas do ateísmo socialista desse governo ímpio).

Aproveite e confirme que a verdadeira Dilma Rousseff é satanicamente abortista vendo o vídeo abaixo.


Um comentário:

Crônicas do Joel disse...

Hoje parte da imprensa divulgou que evangélicas do ES apoiariam o Serra, mas não é bem assim. Retirei as declarações abaixo de pastores líderes. A íntegra está no Jornal “gazetaonline.

“O meu entedimento e a minha posição, minha postura, quanto presidente da associação de pastores é que nós não podemos partidarizar a associação, porque tem pastores que são de um, tem pastores que são de outro, tem pastores que não querem envolvimento politico nenhum, então eu sou contra o envolvimento da instituição Associação de Pastores, sou contra o envolvimento da instituição Igreja na campanha política. Acho que a Igreja, o Estado é laico e a Igreja deve se abster desse envolvimento direto”.
presidente da Associação de Pastores de Vitória, Abílio Rodrigues.

“Como instituição eu creio que nós nãos podemos apoiar a nenhum candidato, caso contrário vamos acabar gerando uma divisão no meio do nosso povo. No meio dos pastores, no meio dos fiéis, porque não nos é dado esse direito de impor uma candidatura para a Igreja, porque o propósito da Igreja não é esse, o envolvimento político, partidário, a Igreja pode propor politicas publicas, apontar o pecado dos governantes, porque na Bíblia os profetas apontavam os pecados do rei, do primeiro ministro, de quem estivesse governando”.

“Acho que pegar uma só posição, no caso o aborto, para definir um candidato, é um equívoco. Isso é querer satanizar um projeto ou candidato e divinizar o outro”, ensina o pastor Sillas Vieira, membro do movimento ‘Evangélicos pela Justiça’.