16 julho, 2010

Estatização da família: o que mais esperar de um governo anti-Deus?

Por Sandro Moraes

Ele alcançou o status de semi-deus para alguns e de deus para a maioria dos habitantes de uma nação cujo estágio civilizatório pode bem receber o termo “ignorância” por definição própria e precisa.  O brasileiro perdeu significativa capacidade para indignar-se com o que é realmente vital. O “falso ídolo” brasileiro pode tudo: nunca sabe, nunca vê, malgrado a corrupção seja praticada em todos os cômodos de sua “casa”, bem ao seu lado, pelos seus próprios duplos da política ou por gente com semelhanças fortíssimas no DNA. A cada imoralidade, os brasileiros também parecem nunca saber de nada, nunca ver nada, o que se comprova quando garantem índices surpreendentes de popularidade, com patamares a ultrapassar os 80% de aprovação. Mesmo a cristandade parece ter perdido a sensibilidade para reagir ao ultrajante, ao que é uma afronta aos princípios e valores do livro que é sua regra de fé e prática (pelo menos em teoria).

O presidente Lula mantém íntimas e pornográficas relações com ditadores e é capaz de afirmar que a corrupção nas eleições do Irã, explícita para o mundo inteiro, não existiu nem no virtual. Os brados de revolta e a incisiva resposta do governo sufocando violentamente as vozes por lá indignadas (um exemplo para nós, pelo menos deveria) foram interpretadas por Lula como briga entre torcedores de Vasco e Flamengo e choro de perdedor: analogia grosseira que não altera a insensibilidade, sendo antes a glamourização da ignorância na contemporaneidade tupiniquim. E quanto mais o querido presidente compara política e economia com futebol, mais ele ganha em popularidade; um deboche para quem prima pelas idéias inteligentes e edificantes. Onde está a inteligência brasileira? Ela existe apenas no virtual?  Existe no real, só que está presente nas mentes de uma minoria. A “ungida” do deus brasileiro e pretensamente sucessora já forneceu igualmente amplas evidências de estreiteza intelectual, mas no Brasil da ignorância glamourizada isso não importa. 

Proteção e blindagem dos mensaleiros, dos sanguessugas, dos aloprados, dos possuidores dos dólares na cueca ou dos cartões corporativos, dos que quebram o sigilo bancário do caseiro para inverter os papéis entre vítima e algozes: o presidente, como que autojustificando-se, diz que todo mundo é inocente até que se prove o contrário... Tudo aprovado pela “inteligência” dos brasileiros, incluindo a dos “cristãos”.      

A mais nova atrocidade governamental: a estatização dos filhos. Por ocasião das comemorações dos 20 anos do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente - o presidente Lula enviou ao congresso um projeto que proíbe que os pais disciplinem os seus filhos com a palmada ou com beliscões para corrigir o mau comportamento e a rebeldia.  Se a palmada é crime, portanto assunto de estado, o que dizer da chinelada? Crime hediondo? A proibição das palmadas vale também para adolescentes. Se uma criança começar a espernear no shopping diante da negativa do pai em fazer o gosto do filho, qualquer palmadinha pode ser denunciada e o pai torna-se criminoso por disciplinar e “educar” seu filho. O governo pretende num só golpe de mestre punir os pais decentes e manter na impunidade os pais desajustados. 

É ilusão a utopia civilizatória de que é possível criar toda e qualquer criança sem as palmadinhas. Algumas têm o temperamento terrível, só obedecem com palmadas mesmo. Não por coincidência, percebi, ao longo da minha vida, que as crianças mais atrevidas, com os próprios pais e com outros, são as que não apanham. Os adolescentes que vociferam palavrões para os próprios pais são os que nunca experimentaram o gosto de uma chinelada pelo menos. Coincidência? Percepção equivocada do senso comum? Pouco provável diante de reincidências tão esmagadoras. Se esse projeto vingar prevejo um aumento substancial no número de marginais no Brasil. Não pode ser coincidência que a geração que mais foi disciplinada com castigo físico pelos pais foi a geração que menos sofreu com os delinqüentes.  E a geração do “diálogo” é a que mais produz rebeldes sem causa em escala industrial. Um ouvinte no meu programa de rádio disse que ouvido de neném é o bumbum. Repreenda verbalmente, se ela não ouvir, dê uma palmada e ela ouve. 

Sou da geração criada com chinelada e cinturão quando necessário. Não fiquei traumatizado. Ao contrário, agradeço a Deus por que não tinha medo dos meus pais, antes profunda reverência respeitosa diante daqueles que tinham autoridade sobre mim. Sei que os padrões de criação que recebi são bastante questionáveis hoje, só que temos que diferenciar espancamento e agressão violênta de pais brutalizadores do castigo físico equilibrado fruto do amor, sendo este o último recurso quando todas as tentativas de diálogo esgotam-se. Especialistas concluíram que a “surra” é benéfica quando dada na devida proporção. Confira no artigo posto após esta reflexão. 

E a Bíblia sempre tem razão. E fala a mesma linguagem da ciência:


Provérbios 13.24: O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga. 

Provérbios 22.15: A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.

Provérbios 23.13,14: Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno. 

Provérbios 29.15: A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.


Como Pai celestial, Deus também nos disciplina como filhos a quem ama:


Hebreus 12.5-9: E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor, E não desmaies quando por ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para nos corrigirem, e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos?


Leis como essa que o governo pretende estabelecer constituem-se como o cenário preparado para o cumprimento profético da terrível condição da humanidade nos últimos dias:


2 Timóteo 3.1-5: Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, 
Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,
Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.


Soube que na produção fílmica (um fiasco) “Lula, o filho do Brasil”, a mãe do futuro presidente o protegia das surras do pai alcoólatra, o que deve explicar porque Lulinha é um fenômeno do enriquecimento incompreensível, talvez melhor esclarecido pelo caso Gamecorp: faltaram as palmadas do pai alçado à categoria de deidade. A falta de palmadas em Lula explica porque ele não se submete às leis, já levou 6 multas eleitorais neste ano e nesta semana citou o nome de Dilma e supostos méritos dela num evento, rasgando a Legislação eleitoral e, pior, na presença do presidente do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – ministro Ricardo Lewandowski, que contemplava tudo com expressão de quem não acreditava no que via. Lula não é um exemplo de respeito às leis e às autoridades, ao contrário, debocha delas, nem exemplo de educador.

Talvez o protecionismo materno quando deveria haver punição explique a redoma e auréola impostas pelo presidente para camuflar os crimes do seu governo e acobertar seus delinqüentes, além de clarificar as alianças profanas com corruptos e ditadores. 

Seguindo o espírito do anti-Cristo, o governo quer tornar a família em propriedade estatal. Não quer apenas dizer como as famílias devem criar seus filhos; quer solapar a autoridade dos pais, ao mesmo tempo em que anseia aprovar a descriminalização das drogas e do aborto, validar o casamento gay e a adoção de crianças por casais do mesmo sexo no país.

Mas, o que esperar de um governo ímpio, esquerdista, ateu, profano, anti-família e anti-Deus?

Resta a esperança de que a inteligência brasileira seja despertada e o discernimento dos cristãos aguçado!

   
15/07/2010

Saõ Luís-MA / Brasil



Leia também:

Federação Americana de Pediatras: “É certo os pais darem surras”

3 de dezembro de 2007

John-Henry Westen

WASHINGTON, DC, 3 de dezembro de 2007 (LifeSiteNews.com)  

A Federação Americana de Pediatras (FAP), uma associação médica nacional de médicos e profissionais da área de saúde autorizados e especializados no cuidado de bebês, crianças e adolescentes, divulgou sua posição oficial acerca do uso de surras por parte dos pais, bem no momento em que a assembléia legislativa de Massachusetts começa a considerar um projeto de lei que proíbe essa forma de disciplina por parte dos pais.

Apesar da evidência científica indicando que castigos físicos razoáveis aplicados pelos pais são benéficos para os filhos, a ONU vem forçando as nações a proibir os pais de usar a surra como forma de disciplina. Essa interferência nos direitos dos pais é uma das questões que tem causado muito alarme acerca da Convenção da ONU sobre os Direitos das Crianças.

A FAP examinou com cuidado as pesquisas disponíveis acerca do castigo físico e conclui, em sua posição oficial sobre o assunto, que surras disciplinares aplicadas por pais podem ser eficientes quando utilizadas de modo apropriado. “É claro que os pais não devem se apoiar exclusivamente em surras disciplinares para efetuar controle sobre a conduta de seus filhos”, diz a posição oficial recentemente divulgada. “A evidência indica que pode ser uma parte útil e necessária de um plano disciplinar bem-sucedido”.

O Dr. Den Trumbull, principal autor da declaração, explicou: “Quando uma criança desafia a instrução do pai ou da mãe, uma surra é uma das poucas opções que os pais podem considerar para corrigir a conduta errada”. O Dr. Trumbull acrescentou: “Dar surra pode ser mais adequado com crianças de 2 a 6 anos, e quando tipos mais brandos de correção fracassaram”.

A FAP criou um folheto para os pais intitulado “Recomendações para uso dos pais em surras disciplinares”. As recomendações aconselham que surras “só devem ser usadas quando a criança recebe pelo menos tanto incentivo e elogio por boa conduta quanto correção por conduta problemática”. As recomendações também dizem que “formas mais brandas de disciplina, tais como correção verbal, conseqüências lógicas e naturais, e pausas devem ser usadas inicialmente, seguidos por uma surra quando a desobediência persiste”.

“O pai ou a mãe não deve administrar uma surra quando sente vontade ou quando está fora de controle”, adverte o documento, observando que “uma surra sempre deve ser motivada por amor, com o propósito de ensinar e corrigir, e não com o propósito de vingança ou retaliação”.

As recomendações também apresentam as idades em que as surras são adequadas. “Uma surra é imprópria antes dos 15 meses e é geralmente não necessária até depois de 18 meses. Será menos necessária depois dos 6 anos de idade e raramente será usada depois dos 10 anos de idade”, diz o documento.

Além de sua posição oficial, a FAP publicou uma análise extensa da literatura científica sobre o assunto de castigo físico e seu uso na disciplina.


Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com.br; www.juliosevero.com


Fonte: LifeSiteNews


4 comentários:

Júnior disse...

Olha, eu acho um absurdo pessoas que usam trechos da bíblia pra justificar a violencia contra os filhos. Não li seu perfil mas pelo texto parece ser uma pessoa inteligente e estudada, devia saber que a maior ignorância que se pode fazer é pegar trechos bíblicos e interpretar como quiser. Se pegar um trecho do exodo (se não me engano), verá Deus mandando Abrãão matar o seu filho. Então eu posso pegar só essa parte como você fez e pregar que o certo pra Deus é matar os filhos?
Nem vou entrar na questão política porque deu pra notar que você é contra o governo atual, mas discordo totalmente do seu texto. Se bater em adulto é agressão, em cachorro é crueldade, pq em criança é educação?

Sandro Moraes disse...

Muito bem Jr, Paz! O propósito do governo de por no mesmo nível a palmada e o espancamento é no mínimo ridícula. A intenção do governo de querer determinar como os pais devem disciplinar seus filhos é criminosa. Não conheço ninguém que aprova esse projeto que é muito invasivo. Segundo, comprovei por pesquisas que a palmada pode ser benéfica, desde que aplicada com amor e como último recurso diante da desobediência dos filhos. Postei uma pesquisa que mostra que filhos que foram disciplinados, inclusive com castigos físicos, chegam a adolescência com mais senso de responsabilidade e de limites, e isto influencia positivamente em vários aspectos de suas vidas. Disciplinar os filhos com ou sem palmadas é uma decisão dos pais, e dizer que palmada é agressão é uma estultícia de sociólogos e psicólogos incoerentemente idealistas, posto que nem toda criança obedece apenas com repreensões verbais.

Mais: o modo como apliquei os versículos bíblicos foi coerente e não apologia a violência, porém só percebe isto quem avalia com honestidade intelectual.

Quanto a narrativa em que Deus pede a Abraão que sacrifique seu filho Isaac, o propósito de Deus era curar o coração de Abraão, livrando-o do amor idolátrico pelo filho que já ocupava um lugar que só cabe a Deus. Depois que Deus tratou o problema deixou claro que não tencionava jamais sacrificar Isaac. Leia todo o contexto e confirme isto. Portanto não confunda as coisas.

E quanto a Lula, até ele retrocedeu, vendo mais uma das besteiras que fez, e já declarou que palmada não é agressão ou violência. Veja os detalhes no blog de Júlio Severo. Júnior, não é possível defender o governo e esse projeto que são sim uma violência à família.

Vc tem todo o direito de discordar, só não fundamente isto em defesa idolátrica e míope!

Abraço!

Sandro Moraes disse...

Uma informação adicional: Júnior, a narrativa da história de Abraão encontra-se no livro de Gênesis, primeiro livro da Bíblia, no Antigo Testamento.

Rô Moreira disse...

Concordo com Sandro, para mim esta lei so pune os pais que querem educar e se preocupam com os filhos.